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Nosso mundo hoje parece andar rumo a uma única cultura. Podemos dizer que metrópoles tendem a se parecer cada vez mais entre si, tornando-se indistinguíveis. A cultura do “brand” faz com que lugares distantes milhares de quilômetros sejam parecidos. É o que cancela a identidade.
Destruir diferenças culturais usando a mídia para impor um sabor irresistível de mundo-único, embasado na massificação para alcançar objetivos de produção ao menor custo possível para que possa ser comprado em todo o mundo.
É o que chamamos de “Globalitarismo”, uma nova forma de totalitarismo embasado na “sobrevivência do mais agressivo”, onde nossas almas e desejos são definidos por outros, que nos influenciam com poderosas armas de comunicação, nos deixando em um estado constante de insatisfação com o nosso material cultural e condição social.
Esta crise atual é uma prova de que algo esta errado neste sistema “globalitário”. A real riqueza é a riqueza difusa, que ao invés de acabar com as diferenças culturais, começa a partir delas, enfatizando seu valor. Podemos dizer que esta é, precisamente, a cultura italiana. Milhares de cidades, milhares de historias de cultura e arte; que fazem de nosso pequeno país o centro da universalidade de valores e diferenças culturais, competindo em beleza na confrontação enraizada em seus contextos.
A conferência ira apresentar alguns de nossos projetos que acreditamos serem válidas tentativas de “sustentabilidade cultural” e “context oriented design”. Em muitos casos os projetos foram escolhidos como vencedores dos concursos participados.
Nesta contribuição discutimos alguns projetos localizados em diferentes partes do mundo: Itália, Israel, China e Suécia. O objetivo é ilustrar como uma abordagem que começa com contextos culturais específicos não gera um estilo arquitetônico “singular”; ou “brand”. São diferentes episódios arquitetônicos, cada qual com fortes laços indenitários e enraizados com o contexto.